segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Diário do Canavial

 Diário do Canavial 
 06 de Agosto






A Chrônica de uma idéia mais d´uma vez tem sido escripta. Com muito mais razões a de uma boa idéia. É assim que conhecemos os manuscriptos de muitas obras primas, como a testemunhar-lhes a gestação. Algum tanto se tem passado com estes "Ecos do Canavial". Foi p´lo dia 26 de junho que falei ao Mansera nos prolegômenos destes trabalhos. Lembra-me que hesitei em fazer-lhe esta confissão. Receava que o obstasse suas infinitas obrigações profissionais, ou antes, que renunciasse à idéia para apenas dedicar-se às suas próprias criações literárias. Pois bem, incerto embora, disse-lhe que algo me estava a fermentar no crânio. Disse-lhe que vinha de ler, desde a algumas semanas, o notável estudo do Sr. José Claudio de Souza Alves e que muito me impressionava algumas de suas páginas em que se liam curiosos capítulos da chrônica policial da Baixada Fluminense. É vezo seu ouvir-me pacientemente, inda quando o assumpto pouco entende co´as suas opiniões. Intruduzi-o, para fazer-lhe ver o que apenas eu via, no curso de uma das histórias de que se há de compôr os "Ecos do Canavial". Contei-lhe, sumariando-o, o picaresco episódio do Roncador. Elle ouviu-me com uma expressão de condescendência que logo se demudava n´uma enthusiástica sympatia. Instantes depois folgavamos co´os infinitos cambiantes da idéia, com suas múltiplas possibilidades narrativas, co´o pitoresco de suas scenas, co´a feitura artística que importava imprimir às paginas para dar-lhes o timbre d´uma excelência que ambos, elle e eu, perseguimos. Concluímos, pois, que redigiríamos aos "Ecos do Canavial", livro em que reuniríamos as páginas inspiradas à chrônica da violência no Recôncavo da Guanabara, e que o faríamos o mais breve possível. 
 A isto cumpria acrescentar o indispensável veículo d´um Blog em que pudéssemos consignar todo o curso desta empresa. É então, neste momento, que ocorreu-nos convidar ao Pedro Garcia. Depois de fazer-lhe os mesmos prolegômenos que fiz ao Mansera, e mesmo sob a inspiração d´este, expusemos ao Garcia, já no dia 28 de junho, nossa ambição de dar à luz um livro que tivesse por título "Ecos do Canavial". O Pedro, em que temos um dedicado colaborador, acedeu imediatamente co´o propósito de tomar parte nos trabalhos. De imediato quis encarregar-se da concepção visual da obra, e de toda a publicidade que ela demandava. No que estavamos todos de acordo. Neste instante, reunidos os elementos indispensáveis, demos início ao prazo oficial para a conclusão do livro: pôs-se a trabalhar o Pedro, pusêmo-nos Rogério e eu a trabalhar.

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